16 de mar. de 2007

SERÁ QUE SOU DUALISTA?


Para inicio de conversa: Será que ao menos somos informados do que e’ ser uma pessoa dualista? Nos permitem escolher sobre qual e’ a nossa posição?

E’... creio que não. Somos manipulados como fantoches. Inserem-nos cartões de comando já programados. Não nos dão nem ao menos o direito de conhecermos os termos e expressões que nos rodeiam. Facilitam-nos em que permaneçamos alienados aos cenários primordiais de nossa fé.

Deletam nossa integridade. Absorvem nosso livre-arbítrio.

A partir de agora, espero que você adquira informações que te façam não mais depender de pseudo-intelectuais . Informações não somente importantes. Informações essenciais.

A expressão dualismo tem haver com tudo aquilo que se refere a uma posição radicalmente contra e outra extremamente oposta a inicial. Portanto, não se trata de nada difícil. Não existem misticismos envolvendo tal expressão. O que temos e’ uma expressão que trata de situações que somente tem duas saídas. E estas totalmente opostas.

Caso você ainda esteja com duvidas, tentarei te ajudar citando um exemplo. Pense no caso de uma pessoa evangélica que quer escutar musica no Brasil. Segundo toda a tradição gospel, ou esta pessoa escuta musica “ evangélica” ou escuta musica do “mundo”. Portanto, ela não tem uma terceira opção. Ou ela escuta uma musica supostamente do “bem” ou outra do “mal”.

E’ neste instante que me coloco não como o dono da verdade. Mas gostaria de te devolver o direito do livre-arbítrio. Não espero mais ser letárgico.

Preste bastante atenção no seguinte exemplo: quando escutamos a musica Aquarela do Brasil, segundo os dualistas, estamos escutando uma musica do “mundo”, já que ela não consta na grade de musicas evangélicas, sendo considerada uma musica imprópria para os “crentes”. Ela, segundo eles, e’uma musica do mal. E por muito tempo, nos engolimos tal afirmação sem ao menos averiguarmos a procedência de tal dogma.

Então, assim como os reformistas sensatos, me coloco a pensar: tudo o que não e’ Sacro, e’ profano? Não penso assim. Vejo a questão como santo, profano e Humano. Não posso deixar de expressar a minha não concordância com o DUALISMO. Como posso acreditar que quando uma pessoa canta: “... Em uma folha qualquer eu desenho um sol amarelo ...” esta’ cantando uma musica do mal? De que forma viverei isto?

E’ óbvio que fazendo uma separação do santo, transformamos o supostamente santo em algo irrecusável. Angariamos mais e mais situações de um suposto conforto para o ser humano no lado do bem. E’ verdade, mais isso tudo e’ uma utopia! Uma falta de bom censo.

Querer transformar situações altamente humanas em situações maléficas e’ um profundo desrespeito a nossa inteligência. E’ chamar-nos de anencefalos. Moribundos num mundo pagão.

Enfim, não tente separar o santo do profano desta forma. Não se esqueça que muitas musicas são compostas sem cunho satânico ou teocentrico. Muitos filmes tem cunho informativo e não persuasivo ( apesar de todo ser humano ser automaticamente tendencioso. O que não nos fornece “armas” para condena-los”, com exceção dos realmente maléficos e abertamente tendenciosos).

Enfim, não tente ser um julgador extremista. Não se torne um dualista, esquecendo que existe o lado humano disto tudo. Não apague de sua mente a palavra humano. Não transforme a sua vida numa separação tipo santo x profano.

Termino afirmando: Não sou a favor de qualquer tipo de libertinagem desenfreada. Não me coloco omisso as diversas inclusões nocivas de vários segmentos de nossa cultura. Entretanto, seria hipocrisia dizer que tudo e’ do Diabo.

Soli Deo Gloria

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